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Projeto de pesquisa da Unemat garante participação de quilombolas na 13ª Festa do Pantanal
Projeto de pesquisa da Unemat garante participação de quilombolas na 13ª Festa do Pantanal
02/05/2006 16:52:01
por Coordenadoria de Comunicação Social
Projeto quer dar visibilidade a comunidades rurais negras
Projeto quer dar visibilidade a comunidades rurais negras

Quatro comunidades negras remanescentes de quilombos do município de Poconé participaram da 13ª Festa do Pantanal em Cuiabá com o apoio da Universidade do Estado de Mato Grosso. Essa é a primeira vez que quilombolas participam do evento com a finalidade de ganhar visibilidade no estado e viabilizar a abertura de mercado consumidor para seus produtos.

A Unemat, campus de Cáceres, mantém um trabalho de pesquisa há mais de dois anos com as comunidades negras rurais de Poconé, município que possui o maior número de comunidades negras remanescentes dos quilombos em Mato Grosso. O projeto “História e Memória: Comunidades Negras Rurais de Poconé”, tem como um dos objetivos principais ganhar visibilidade em Mato Grosso.

O coordenador do projeto de pesquisa, professor Antônio Eustáquio de Moura, da Unemat, explica que a participação dessas comunidades na Festa do Pantanal contribui para que os objetivos do projeto se concretizem. “Eles afirmaram que foi muito positiva a participação no evento por três motivos: ganharam visibilidade, comercializaram seus produtos e ainda realizaram uma pesquisa de mercado para saber que produtos são melhores aceitos pela população”, explica o professor.

De acordo com Antônio de Moura o projeto de pesquisa da Unemat realiza um levantamento das comunidades negras existentes em Poconé, além de fazer um estudo mais aprofundado sobre aspectos culturais, históricos, e atividades econômicas das comunidades de Campina de Pedra e Capão Verde. Mesmo nas demais comunidades como Jejum e Mutuca, também há a participação da Unemat, mas sem um estudo mais aprofundado.

Na Festa do Pantanal os quilombolas apresentaram produtos derivados da cana-de-açúcar, como rapadura, furrundu, melado, derivados da banana como banana chips, bala de banana e rapadura de banana, além de produtos medicinais de plantas do cerrado como garrafadas, xaropes e sabonetes medicinais.

O coordenador do projeto de pesquisa da Unemat ressaltou que a participação dos quilombolas na Festa do Pantanal foi muito importante para eles. “Esse evento foi um grande momento para que a gente tivesse cumprindo as tarefas que o projeto se propõe, que é tornar essas comunidades conhecidas pelo público. Além do que foi um passo importante para a abertura de novos mercados consumidores. Essas comunidades produzem e necessitam de apoio no sentido de abrir mercado para a colocação de sua produção.”, avalia Moura.

Lygia Lima – Assessoria Unemat

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